MARCO
TOSATTI
São somente vozes, e portanto é
necessário ter em conta os detalhes. Mas já o fato que estas vozes circulem por
aí é um sinal; e os meus informantes
que me alertaram são geralmente bons.
Assim, escreveremos tudo no
condicional. Uma comissão mista de católicos, luteranos
e anglicanos ligados ao segredo estariam ao trabalho, para colocar uma
forma de missa da qual possam participar os fiéis de todas as três confissões
cristãs. Não se fala de ortodoxos. Não parece que teria algum documento
escrito; ficamos ao nível de notas verbais.
A hipótese prevê uma primeira parte
de liturgia da palavra, que não apresenta problemas; depois o
reconhecimento dos pecados, e o pedido de perdão a Deus, e a recitação do
Glória, haveriam as leituras, e o Evangelho.
Estaria no estudo o problema do Credo.
As Igrejas protestantes, mesmo reconhecendo o símbolo
Niceno-Constantinopolitano, recitam de preferência o Credo apostólico. A
Igreja católica os alterna. No fundo nem este ponto deveria constituir um problema
maior.
Assim como a apresentação das ofertas, mesmo estudando com atenção, não
parece oferecer grandes obstáculos ao projeto.
O ponto central é o da eucaristia. A
visão católica da eucaristia diferencia profundamente da luterana e de
outras denominações protestantes. E naturalmente a liturgia neste momento
assim tão fundamental, da qual aos católicos vem a transubstanciação (não
dessa forma para os reformados) não pode não ser diferente para os
diversos celebrantes.
Mas como celebrar uma liturgia comum
dividindo-se claramente, na enunciação, próprio no auge do evento?
Uma das possíveis soluções dadas
seria o silêncio. Vale dizer que após o Sanctus, no momento no qual normalmente
durante a Missa vem pronunciadas as palavras: "Pai verdadeiramente
Santo..." os celebrantes poderiam se calar, cada um repetindo
mentalmente a "sua" formula.
A palavra volta a reinar na congregação
com a oração do Pai Nosso. Não é claro come se deveriam formar as filas
para receber a eucaristia.
Eis aqui, isto é tudo o que ouvimos,
e referimos. Uma parcial confirmação que existem, em algum lugar,
trabalhos em andamento, conseguimos através deste artigo de Luisella
Scrosati, "Bussola Quotidiana"
(link abaixo), no qual se fala de um estratagema "localizado" no
Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, presidido na época pelo
cardeal Kasper, com o qual se reconhecia a validade da Anafora de Addai e
Mari (oração eucarística da Igreja assíria do Oriente, mais conhecida como
Igreja nestoriana).
Uma oração que não continha as
palavras da consagração, "se não, como afirma o documento de 2001,
'em modo eucológico* e disseminado', isto é não em modo explícito
("Este é o meu corpo... Este é o cálice do meu sangue"), mas sim
'espalhadas' nas orações que compõem a anáfora. Estariam portanto utilíssima
como princípio justificado de uma nova oração eucarística sem as
palavras consecratórias, que poderiam colidir com os irmãos
protestantes". Aquela liturgia era dedicada só às Igrejas caldeias e às
Igrejas assírias, no caso que tivessem problemas pastorais. Mas imaginamos
se um detalhe assim minúsculo pode ter peso na febre ecumênica atual. De minimis non curat praetor…
*eucológico = Manual de orações cotidianas
tradução: Marcello Tonidàndel Orciuoli
http://www.lanuovabq.it/it/articoli-il-lavorio-carsicoper-una-messaecumenica-19011.htm