Questionamento:
Na Idade Média, a Igreja Romana dominava o conhecimento europeu, embora esse mesmo saber tenha tido origens diversas, inclusive pagã (começando pelos filósofos da Grécia Antiga). Mas com o desenvolvimento científico, começou a ocorrer choques entre aquilo que o Clero ensinava e algumas descobertas; pensadores que não partilhavam da cartilha clerical foram perseguidos. No sec. 16, Oxford estava sucateada, sendo restaurada por educadores reformados. E os prêmios Nobel que vieram séculos mais tarde foram frutos da liberdade que se consolidou na Inglaterra protestante. Aliás, Alfred Nobel era sueco (a Suécia também aderiu à Reforma). Isso sem falar nos pensadores e cientistas judeus, que ajudaram a moldar o pensamento ocidental; sem falar que os pioneiros das universidades eram islâmicos. Hoje, não há nenhuma universidade católica, pelo menos, na listagem das 30 primeiras do mundo (lista que é encabeçada por Harvard, que leva o nome do pastor protestante que a fundou e que também estudara em Oxford). Putz! O fanatismo religioso leva indivíduos à cegueira...
Na Idade Média, a Igreja Romana dominava o conhecimento europeu, embora esse mesmo saber tenha tido origens diversas, inclusive pagã (começando pelos filósofos da Grécia Antiga). Mas com o desenvolvimento científico, começou a ocorrer choques entre aquilo que o Clero ensinava e algumas descobertas; pensadores que não partilhavam da cartilha clerical foram perseguidos. No sec. 16, Oxford estava sucateada, sendo restaurada por educadores reformados. E os prêmios Nobel que vieram séculos mais tarde foram frutos da liberdade que se consolidou na Inglaterra protestante. Aliás, Alfred Nobel era sueco (a Suécia também aderiu à Reforma). Isso sem falar nos pensadores e cientistas judeus, que ajudaram a moldar o pensamento ocidental; sem falar que os pioneiros das universidades eram islâmicos. Hoje, não há nenhuma universidade católica, pelo menos, na listagem das 30 primeiras do mundo (lista que é encabeçada por Harvard, que leva o nome do pastor protestante que a fundou e que também estudara em Oxford). Putz! O fanatismo religioso leva indivíduos à cegueira...
--------
Prezado nobre colega protestante
Salve Maria ( “A mãe
do meu Senhor” Lc,1,43)
Permita-me apresentar
a “contestação”. E perdoe-me por algumas extrapolações e também pela extensão
da resposta.
AS UNIVERSIDADES E O SABER ANTIGO
A Igreja Católica sempre
reconheceu a importância de certo conhecimento pagão, como o de Aristóteles,
por exemplo. S. Tomás chamava-o de “o filósofo”.
Por meio de quem os islâmicos
aprenderam o saber greco-romano? Diretamente? Impossível, porque antes de Maomé
nascer, Grécia e Roma antigos já eram. Quem preservou para os islâmicos o
augusto saber clássico?
O Império Bizantino
Católico.
Antes das
“universidades islâmicas” (tema polêmico este das pseudo universidades
islâmicas) existirem, já haviam as escolas católicas como a de Nisibis e
Edessa, por exemplo.
As universidades,
como tal, que fomentaram o saber no mundo todo foram criadas na Idade Média
católica. Desde Oxford até Salerno, desde Coimbra até Praga.
Em Salerno (originada
de um mosteiro), por exemplo, aceitavam-se estudantes de todos os credos (bem diferentes
dos centros muçulmanos) e a presença de mulheres era notável, incluindo professoras.
Judeus e muçulmanos a frequentaram e tratados em árabe e em hebraico foram
traduzidos para o latim.
Sua excelência em
medicina era lendária e vem dela a regra de vender certos remédios mediante
receita médica, coisa adotada até hoje.
Em Oxford, no século
XII, já havia por volta de 20.000 estudantes. Na Sorbonne, o número de
estudantes no século XIII era maior do que no século XIX. (Veja este texto)
Os “reformadores”
ingleses, adeptos do anglicanismo fundado por Henrique VIII[1],
o adúltero e assassino, assumiram –ou melhor – roubaram as universidades dos
católicos e clamaram para si os méritos.
O protestantismo é
como um demolidor que destrói parcialmente uma bela casa por inveja, expulsa os
donos, habita nela sob os escombros, aproveita o que de melhor foi feito pelos
construtores originais, reclama deles, esconde sua própria sujeira e se gaba
das vantagens que não tem.
Este fato de que não
há nenhuma universidade católica entre as “30 melhores” é uma excelente
notícia!!!
Neste século apóstata
que vive como se Deus não existisse, seria estranho que tivesse uma
universidade católica entre as 30 melhores.
Ainda há fé sobre a
Terra?
Interessante observar
também que este mundo fabuloso de prêmios nobéis, de liberdades, de Harvards e
similares não tenham produzido um trabalho do nível de “A República” de
Platão...
E olha que na época
do pensador grego não havia nem Prêmio Nobel nem Harvard.
Aliás, sobre Harvard,
a melhor universidade do Universo, o que nos diz a sua história?
Vemos que era ensinado
o trivium e o quadrivium da “odiosa
Idade Média católica”...
Curioso não?
Outra coisa
interessante de Harvard e também de Yale, de Princeton (estas formam as “big
three”) e de Columbia eram seus processos de seleção...
A seleção favorecia
(ou ainda favorece?) os WASP (white anglo-saxon protestant) em detrimento de
judeus, católicos, asiáticos e negros (obviamente).
Columbia, por
exemplo, em 1910, introduziu um critério não acadêmico de admissão.
Ah! Estes
protestantes e sua mania de supremacia racial!!!
Para mais
informações, veja o livro: The Chosen:
The Hidden History of Admission and Exclusion at Harvard, Yale, and Princeton,
de Karabel.
INGLATERRA
Liberdade na Inglaterra? É fato incontroverso que havia plena liberdade para os ingleses brancos e anglicanos na ilha.
Agora para católicos, não brancos e irlandeses...
Os católicos foram expulsos das universidades no séc. XVI e só puderam voltar no séc. XIX.
Neste mesmo século, em Oxford e Cambridge se discutia
a eugenia (de Galton, primo de Darwin) e
se defendia que a raça branca era superior, em especial, a dos habitantes da
Inglaterra, a terra da liberdade somente para ingleses brancos anglicanos.
Os católicos também não podiam até o séc. XIX, época
que conheceu políticos como Benjamin Disraeli, que era um judeu convertido ao
protestantismo e por isso foi condenado pela comunidade judaica e que defendia
a supremacia racial absoluta dos ingleses contra os irlandeses.
Em relação à Irlanda, o caso era patológico, tal a
brutal exploração que a Inglaterra exerceu contra aquele país.
Aliás, a Inglaterra, os Estados Unidos e outras nações que “aderiram à Reforma” têm uma longa relação de amor com a eugenia e com o racismo.
Veja o anexo, para mais informações.
NOBEL
O Prêmio Nobel é um
grande sucesso de propaganda (no sentido ideológico do termo e não no sentido
de publicidade), quase todo mundo valoriza o mais “prestigioso” e “sério” prêmio
sobre ciências, literatura, economia e
paz. Ele é como um “Oscar” para “coisas mais elevadas”.
O problema é que se
valoriza sem saber por que...
Afinal, por qual razão
deveríamos dar importância ao badaladíssimo Prêmio Nobel?
Hipóteses:
1) Porque foi Alfred Nobel
que inventou.
Alfred Nobel, o lendário
inventor da dinamite, que teve de fugir da França (França? Sim ele morou boa
parte da vida neste país católico) por ter sido acusado de traição por ter
vendido à Itália, Balistite (pólvora sem fumaça) e morreu neste mesmo país, em
San Remo.
Nobel traidor? É o
que parece...
Diz a história que Alfred
inventou o prêmio porque leu um falso obituário de sua própria morte
descrevendo-o como um homem que tornara possível matar mais pessoas, mais
rapidamente, que qualquer outro que jamais tinha vivido.
Belo comentário de
uma França que ainda sabia pensar! Armas de destruição em massa são uma
monstruosidade mesmo em guerras, dada a desproporção e a intenção de além de
vencer o oponente, visar a destruição de vidas em grande escala. Armas estas inventadas
por cientistas protestantes e judeus: gás letal, dinamite e a mais terrível de
todas: a bomba atômica.
E pensar que na Idade
Média católica, a flecha era desprezada por ser coisa de covarde e a Igreja havia
proibido o arbalete (um tipo de besta) por ser demais homicida. Nesta época não
havia a guerra total e se respeitava os vencidos.
Bem diferente de hoje
em dia...
2) Porque a Suécia aderiu
à Reforma.
E tudo o que vem de
país protestante é bom, logo o Comitê
do Nobel da Suécia é excepcional e infalível.
Então era certo, a
Suécia ter leis eugênicas até a década de 70 do século XX?
Por que o Comitê nunca agraciou com o Nobel da Paz
alguém por ter lutado contra a eugenia na Suécia?
3)Porque toda a mídia
valoriza o Prêmio Nobel como supra sumo do excepcional.
Tudo que a mídia valoriza
é bom. Logo, os jogadores de futebol que tem mais fama que os laureados
deveriam ter mais créditos, igualmente para os participantes do Big Brother.
4) Porque é bom
instituir um prêmio, seja qual for, e o Nobel é um.
Esta visão lembra-me um
desenho animado ridículo que infelizmente assistia na infância, no qual havia
um cachorro infame que só queria medalhas e medalhas... Típica criação dos
Estados Unidos protestante que produz ridículos e “emburrecedores” produtos
televisivos..
Bons tempos nos quais
os homens bons recusavam títulos e honrarias. Bons tempos o da Idade Média, na
qual os homens queriam ser sempre servos de alguém. O papa, por exemplo,
assinava: “servo dos servos de Deus”
Mas, os séculos XX e
XXI só querem medalha, medalha...
Além do Nobel, ainda
há o “Oscar” e as Olimpíadas...
Tudo tem de ser
ordenado para Deus, não? Acaso os prêmios nobéis estão ordenados a Ele?
Ou o Nobel está
ordenado para a gula intelectual, para a fama e para o dinheiro?
Vaidade das vaidades
e tudo é vaidade!
Criam-se uns
critérios para lá de duvidosos, a mídia apoia, as universidades protestantes
suportam e pronto! O prêmio Nobel virou a suma verdade absoluta de tudo!
Este prêmio é para
este mundo, não para o outro. Tudo que é famoso demais, sucesso demais parece
que não vem de Deus...
E no céu? Deus premia
quem? Os famosos? Os milionários? Os doutores? Os laureados?
Ou os que estão
previstos no sermão da Bem Aventurança?
Como por exemplo, os
humildes (Mt 5,5) e os perseguidos por causa da justiça (Mt 5,10) ?
5) Porque Harvard e
as demais 29 universidades protestantes melhores do mundo gostam (lembrando que
não há nenhuma católica entre elas).
As melhores universidades
do mundo gostam do Prêmio Nobel, porque muitos de seus professores e ex-alunos
são agraciados pelo Comitê que gosta destas mesmas universidades.
Convenhamos, nobre
colega, não dá para aceitar nenhuma destas hipóteses, logo, o Prêmio Nobel é um
sucesso de propaganda, só isto.
No mérito, apenas para argumentar, vejamos alguns
casos de premiações.
1) De literatura:
Nem Fernando Pessoa
nem Claudel (em relação a este, os franceses diziam que ele escrevia bem demais
para poder ter ganho o Nobel) nem Umberto Eco (e olha que Eco já conferenciou
em Harvard, hem?) ganharam o prêmio.
Porém, seus
compatriotas comunistas se saíram bem: José Saramago (Ensaio sobre a Cegueira?
O autor estava falando dele mesmo?), Sartre (já leu a “Náusea”? Dá “ânsia” de
ler...) e Dario Fo (uma pessoa simpática, mas...).
Nossa que prêmio
justo!
Parece que o Comitê gosta mesmo é de fomentar o
comunismo...
Em relação a Sartre,
vejamos o que o Comitê disse:
“trabalho que, rico
em ideias e repletos de espírito de liberdade e busca pela verdade, exerceu uma
forte influência nos nossos tempos”
É de causar náusea!
Sartre apoiou a invasão da Hungria feita por Stalin. Os húngaros concordam que
o laureado lutava pelo espírito de liberdade?
Porém, Sartre recusou
o prêmio, demonstrando certa hombridade, coisa rara em comunistas.
2) Da paz.
Curioso que em tempos de Nobel da Paz o que mais
se vê são mais e mais guerras...
Theodore Roosevelt,
por exemplo, ganhou o prêmio, justo ele que era a favor da “Teoria do grande
Porrete”, na qual os Estados Unidos poderiam invadir e influenciar a vida das
nações que quisesse.
O vietnamita Le Duc
Tho foi nomeado ao lado de Henry Kissinger, secretário de Estado dos Estados
Unidos, como ganhador do Nobel da Paz. Porém, Tho recusou o prêmio alegando que
a situação em seu país não era pacífica.
Parece que alguém
errou feio nesta história...
Menachem Begin foi
outro laureado Ele quando jovem era do movimento terrorista do Irgun que
gostava de jogar bombas em hotéis em Jerusalém. Ganhou prêmio por causa do
acordo de paz com Sadat.
Depois, em 1982,
quando era primeiro ministro, invadiu o Líbano ajudando a destruir este país,
com o Prêmio da Paz nas mãos.
Curioso notar que se
fosse instituído o Nobel da Guerra, alguns agraciados com o de Paz não
precisariam ser trocados.
Al Gore ganhou! O que
tem haver mudança climática com paz?
Significa: Opa! Agora
todos tem de lutar contra o CO2, logo não haverá mais guerras entre os homens,
somente contra o suposto aquecimento global causado por indústrias altamente
poluentes, boa parte delas de países protestantes, feitas para sustentar o
“american way of life” protestante, construídas com base em técnicas
desenvolvidas, em muitos casos, por cientistas judeus e protestantes, alguns
deles agraciados com o prêmio Nobel?
Que mundo complicado!
3) Sobre o Nobel de
Economia, instituído bem depois dos outros, pergunte a Peter Nobel, bisneto do
fundador, para saber o que ele acha. Ele diz entre outras coisas que o bisavô
dele não gostava de economistas...
4)E os mais “técnicos”?
Química, medicina e física?
Ah a ciência!
Lembra-me o excerto do poema Lisbon Revisited (1923), do não laureado, Fernando
Pessoa:
“Tirem-me daqui a metafísica!
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem
conquistas.
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) —
Das ciências, das artes, da civilização moderna!”
É claro que a ciência
é importantíssima, que devam existir cientistas.
O problema é que há
um culto exagerado das Ciências Naturais, em detrimento da Filosofia e da Teologia
e há uma fé cega no mero progresso técnico-científico. Como que se bastasse
construir um avião para que ele chegasse ao destino sozinho.
A ciência
desorientada não adianta nada e se premia a inteligência e não a moral.
O Prêmio Nobel serve
a um cientificismo naturalista que tenta excluir Deus das nossas vidas.
Interessante notar
que quando a ciência prova um milagre, como o “Sudário de Turim”, aí o
raciocínio de que a ciência prova tudo e sabe de tudo não serve, inventam-se
desculpas e lorotas...
No mérito, entre
outras “injustiças”, nem Tesla nem Mendeleiev (criador da Tabela Periódica)
foram laureados.
F. Haber ganhou o de física, foi o inventor do
gás letal que ele mesmo ajudou a empregar na 1ª Guerra Mundial, apesar de ser proibido
pela convenção de Genebra. Este gás tinha a característica de causar uma morte
dolorosa, bem cruel.
Mas o Comitê só está preocupado com a ciência
em si mesma, pouco importando os abusos e a licitude de seus usos.
Dá-se o prêmio de
física para um que ajudou na Guerra e para outro que ajudou a Paz...
E as manobras de
Watson, o racista (disse que negros são menos inteligentes que os brancos) e
Crick que “passaram para trás” Rosalind Franklin, a respeito da estrutura do
DNA?
Ora, o Comitê não está preocupado com estas “firulas”,
com estas injustiças...
Para saber mais destes
problemas e de outros do Nobel: The Nobel Prize: A History of Genius, Controversy, and Prestige, de Burton
Feldman
“PENSAMENTO MODERNO”
E que pensamento
ocidental é este, atualmente, formatado pelos protestantes, judeus, laureados
por prêmios nobéis, pelas 30 melhores universidades (sem jamais esquecer que
não há uma única católica entre elas), liderados por potências protestantes,
consolidado na Inglaterra “libertária” e totalmente contrário aos princípios
“obscurantistas católicos”?
É o mundo da bomba
atômica, das guerras sem honra, do evolucionismo (de Darwin, inglês), da
eugenia disfarçada (o “aborto terapêutico”, herança de Galton, inglês), do
aborto, do relativismo, da negação de Deus, da farsa da psicanálise freudiana,
do comunismo de Marx, do rock satânico criado nos Estados Unidos e fortalecido
na Inglaterra, ambos protestantes, de outras artes modernas (Compare Pollock
com Fra Angelico...), do materialismo, do “American way of Life” (do Estados
Unidos protestante) da teoria de gênero, da destruição da família, da
pornografia (muito difundida por Hollywood), do feminismo (de Sanger americana
e eugenista) da televisão (o que acha de Big Brother?), da política moderna
(argh!!!) etc.
Uma maravilha, não?
Interessante que quando
o protestantismo e o judaísmo passaram a dominar boa parte do pensamento
mundial, os 10 mandamentos saíram de cena...
E quanto à afirmação:
“O fanatismo religioso – e também a leitura de certos prêmio nobéis, acrescento
eu - leva indivíduos à cegueira...”
Ora, esta assertiva é
o protestantismo se olhando no espelho.
Marcelo Andrade.
[1]O rei inglês junto com Lutero, o blasfemador
(já leu “Conversas à Mesa”?) e Calvino, o tirano sanguinário de Genebra, formam
a grande tríade dos “reformadores”. Gente boa, não acha?