Por Paulo Eduardo Razuk
Máscara é a peça com que se cobre parcial ou totalmente o rosto para ocultar a própria identidade. No teatro é a peça com que os atores cobrem o rosto para caracterizar o personagem que representam. Duas máscaras são os símbolos da tragédia e da comédia do antigo teatro grego. Na área médica, é a peça utilizada por profissionais, para cobrir a boca e o nariz em salas de cirurgia (1).
No século XVIII, no carnaval de Veneza, festa profana, as máscaras e
fantasias eram utilizadas pela nobreza como disfarce para misturar-se ao povo,
de modo anônimo (3).
No cinema, máscaras eram usadas por malfeitores, para encobrir as suas
identidades, em diversos gêneros, como western
ou policial. Atualmente, na vida
real, os bandidos comuns assaltam as suas vítimas de cara limpa, já não se preocupando em ocultar as suas
identidades.
Nas manifestações de rua, entre os participantes, têm se infiltrado os black blocks, mascarados vestidos de
preto, para promover depredações do patrimônio público ou privado, em ações de
caráter anarquista, escondendo as suas identidades.
No entanto, a pior máscara é a invisível, que mostra um semblante que
não corresponde ao verdadeiro caráter da pessoa. É a utilizada pelos fariseus,
para afetar uma virtude que não possuem.
É a impostura, o fingimento e a falsa devoção. Exemplo perfeito de fariseu
moral é o Conselheiro Acácio, personagem de O
Primo Basílio de Eça de Queiroz. O mais horrível é aquele que traz no
coração o ideal de Sodoma e presta devoção à Madona (4).