A expressão “no tempo do Onça”
remete a coisas antigas ou fatos ocorridos em tempo remoto. Nem sempre foi
assim.
O coronel da arma de infantaria
da praça de Chaves, Portugal, Luiz Vahia Monteiro, conhecido como “o Onça”, foi governador da Capitania do Rio
de Janeiro de 1725 a 1732.
Ao tempo do “Onça”, reinava em
Portugal D. João V, O Magnânimo, monarca absoluto, cujo reinado foi de 1706 a
1750. Neto de D. João IV, que inaugurara a dinastia de Bragança, era casado com
D. Mariana da Áustria, em associação das famílias reais portuguesa e austríaca,
feito repetido por D. Pedro I do Brasil e IV de Portugal, ao casar-se com D.
Leopoldina.
As cidades de S. João del Rey e
Mariana, em Minas Gerais, devem as suas denominações ao casal real. Já S. José
del Rey, hoje Tiradentes, homenageava o príncipe herdeiro, que sucederia o pai
como D. José I.
Ao tempo do “Onça”, a capital do Brasil era Salvador da Bahia, visto desenvolver-se no nordeste a principal atividade da Colônia, o cultivo da cana de açúcar. Com a descoberta do ouro em Minas Gerais, capitania destacada de S. Paulo em 1720, houve o deslocamento da capital para o Rio de Janeiro em 1763.